quinta-feira, 20 de março de 2014

#Copa 50: Copa Rio Branco

Antes de falarmos sobre a Copa do Mundo, precisamos falar de outra competição que aconteceu dois meses antes do principal evento futebolístico. A Copa Rio Branco era um torneio disputado apenas por Brasil e Uruguai e foi realizado pela primeira vez em 1931.

Com três títulos para cada lado, a edição de 1950 não era apenas uma prévia da Copa do Mundo daquele ano, mas também um tira teima entre as duas seleções sul-americanas. Campeão em 1931, 1932 e 1947, o Brasil tinha a seu lado o fato de ter vencido recentemente a Copa América, no ano anterior, com uma campanha arrasadora. Já os uruguaios, vencedores da Copa Rio Branco em 1940, 1946 e 1948, tinham como principais trunfos as conquistas do mundial de 1930 e dos Jogos Olímpicos de 1924 e 1928.


O torneio inicialmente seria disputado em dois jogos e o primeiro deles aconteceu em 6 de maio, no estádio Paulo Machado de Carvalho, popularmente conhecido como Pacaembu, em São Paulo. Os visitante saíram vencedores pelo placar de 3 a 4, com gols de Júlio Pérez, Oscar Miguez e Schiaffino (duas vezes). Zizinho e Ademir (duas vezes) descontaram para o Brasil.


O segundo duelo ocorreu no estádio São Januário, no Rio de Janeiro, em 14 de maio. Jogando no mesmo gramado onde costumava ir a campo pelo seu time Vasco da Gama, Ademir de Menezes se sentiu em casa e novamente marcou dois gols. A diferença é que dessa vez o Brasil venceu o confronto por 3 a 2, forçando a realização de uma terceira partida entre os dois.


No último e decisivo jogo valendo o título da competição, o técnico Flávio Costa resolveu promover algumas mudanças. Ruy, Noronha e Tesourinha deram lugar aos então reservas Danilo Alvim, Bigode e Friaça. As mudanças surtiram efeito e com mais um gol do artilheiro Ademir o Brasil sagrou-se campeão da Copa Rio Branco de 1950, pelo placar de 1 a 0.

domingo, 16 de março de 2014

#Copa50: O nascimento de um gigante

O maior evento futebolístico do mundo mereceria um estádio à altura. Sendo assim, o governo brasileiro idealizou a construção de um estádio com capacidade para aproximadamente 180 mil torcedores. A localização escolhida foi a Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, em um campo onde aconteciam corridas de cavalo. Porém, quando já estava praticamente tudo certo para o início das obras, uma disputa partidária envolvendo o prefeito carioca Ângelo Mendes de Morais e o vereador Carlos Lacerda, da UDN, inimigo político do governante, atrasou o planejamento. Para Lacerda, a arena deveria ser em Jacarepaguá e o custeamento deveria vir de outra fonte que não fosse o dinheiro público.

Foi quando o jornalista Mário Rodrigues Filho, irmão do consagrado dramaturgo e escritor Nelson Rodrigues, comprou a briga em prol do prefeito. Principal nome da imprensa esportiva nacional e um apaixonado por futebol que não media esforços para fazer investimentos que ajudassem na propagação do mesmo, Mário Filho tomou a frente da causa, trouxe para seu lado o também vereador Ary Barroso e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Galloti e, com essa brigada a favor, o estádio pode enfim ser construído na Tijuca.

O projeto arquitetônico escolhido pela prefeitura foi o apresentado por Miguel Feldman, Waldir Ramos, Raphael Galvão, Oscar Valdetaro, Orlando Azevedo, Pedro Paulo Bernardes Bastos e Antônio Dias Carneiro. Eles previam um estádio para 155.250 pessoas, com a possibilidade de verem o jogo em pé, ou acomodadas em assentos comuns, em cadeiras cativas, na tribuna de honra ou no camarote. O estádio ainda contaria com uma área reservada para a imprensa com espaço para 20 cabines de transmissão, além de 32 grupos de sanitários e 32 bares. No total, a área coberta atingira 150 mil m², com um altura de 24 metros. As obras iniciaram-se em 2 de agosto de 1948, data do lançamento da pedra fundamental.

A inauguração da arena aconteceu no dia 17 de junho de 1950, com um jogo amistoso entre um combinado de jogadores do Rio de Janeiro e de São Paulo. O primeiro jogador a balançar as redes foi Didi, meia do Fluminense, marcando o gol de honra dos cariocas que perderam o jogo por 3 a 1, há apenas nove dias do início da Copa.

Inicialmente chamado de Estádio Municipal do Rio de Janeiro, o estádio mudou de nome em 1968, com a morte de Mário Rodrigues. A partir de então, o estádio passou a ter o nome do jornalista que tanto fez pelo esporte nacional. No entanto, o apelido Maracanã, alusão a um rio homônimo existente na região, acabou pegando logo no começo e o estádio é chamado assim até os dias de hoje.

terça-feira, 11 de março de 2014

#Copa50: Formação dos grupos

Campeã pela terceira vez da Copa América, a Seleção Brasileira estava confiante para a Copa do Mundo de 1950, próxima competição que teria pela frente. Assim como aconteceu no campeonato Sul Americano, no ano anterior, a Copa também seria disputada no Brasil e a expectativa era grande, tendo em vista os recentes resultados da equipe.

A FIFA escolheu o país para sediar a competição, uma vez que a Alemanha, principal candidata, ainda estava abalada devido a Segunda Guerra Mundial. Os conflitos, aliás, inviabilizaram duas edições do torneio, tendo a última sido realizada em 1938, na França. Assim, como único país no páreo e com a vantagem de ser um representante da América do Sul, região distante dos campos de batalha, o Brasil ganhou o direito de organizar a competição.

Como país sede, o Brasil se classificou automaticamente. Outra seleção que passou por situação semelhante foi a italiana, última campeã e que, como consequencia, teve sua participação garantida na edição seguinte. No demais, 33 países se inscreveram para as 14 vagas restantes, dando um total de 16 equipes no torneio. No entanto, Índia Escócia e Turquia, que haviam se classificado para a competição depois de passarem por eliminatórias, acabaram desistindo de última hora e a Copa do Mundo de 1950 contaria com apenas 13 seleções.

Devido às desistências e ao número ímpar de participantes, o torneio teria uma primeira fase bastante incomum. No primeiro grupo, Iugoslávia, México e Suíça faziam companhia aos donos da casa. O segundo quarteto era formado Chile, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra. A seguir, o primeiro grupo desfalcado, composto apenas por Itália, Paraguai e Suécia – a Índia completaria a chave. Por fim, Bolívia e Uruguai fariam um jogo único naquele que seria o menor grupo da história das Copas do Mundo.

Sendo assim, os grupos ficaram:

GRUPO A -BRASIL, IUGOSLÁVIA, MÉXICO e SUÍÇA
GRUPO B – CHILE, ESPANHA, ESTADOS UNIDOS e INGLATERRA
GRUPO C – ITÁLIA, PARAGUAI e SUÉCIA
GRUPO D – BOLÍVIA e URUGUAI

sábado, 8 de março de 2014

#Copa50: Copa América 1949 – O começo de tudo

Antes de falarmos sobre a Copa do Mundo de 1950, precisamos mostrar como era o panorama local no ano anterior. Pela terceira vez o Brasil sediaria a Copa América de Futebol. E a expectativa era das melhores, já que nas duas outras oportunidades, o país sagrou-se campeão quando atuou em sua casa.

Em 1919, veio o primeiro título de expressão internacional, quando o mundo ainda não poderia imaginar que nossa Seleção um dia se tornaria a mais vitoriosa do planeta. Era apenas a terceira edição do torneio e somente quatro países participaram. Além do anfitrião, Brasil, Argentina, Chile e Uruguai disputaram a competição. Após as três partidas de um quadrangular com jogos únicos, brasileiros e os bicampeões uruguaios terminaram empatados com cinco pontos cada. Naquela época, a forma de desempate era através de um jogo extra entre os dois envolvidos. Depois de um empate sem gols no tempo normal, a partida adicional foi para a prorrogação, já que ainda não existia a disputa por pênaltis. O placar seguiu inalterado e deu-se início a uma sequência de tempos extras. Depois de quase 150 minutos jogados daquela que foi a disputa de futebol mais longa já realizada, o Brasil conseguiu um gol com Friedenreich e sagrou-se campeão.

O bi campeonato veio três anos depois, em 1922. Novamente o Brasil sediou a competição e, assim como ocorreu em 1919, embora tenha terminado a fase de grupos de forma invicta, dividiu a liderança com outra equipe. A diferença é que, dessa vez, além dos três adversários já conhecidos – Argentina, Chile e Uruguai -, os paraguaios estavam presentes. E foi justamente contra eles que a partida de desempate se fez necessária. Porém, o jogo foi bem mais fácil do que da outra vez e o Brasil tornou-se bicampeão do torneio após aplicar um placar de 3 a 0 no tempo normal.

Voltemos a 1949, ano do tri campeonato. Nessa edição, oito times participaram. Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Uruguai eram os países na disputa pelo almejado troféu. A Argentina também foi convidada, mas, por divergências com a delegação brasileira, acabou desistindo da competição.

Ao fim dos jogos pela fase de grupo, novamente o Brasil acabou dividindo a liderança com outra seleção. A exemplo do que aconteceu em 1922, brasileiros e paraguaios precisaram fazer um jogo extra para decidir quem seria o campeão. No entanto, dessa vez, o placar foi bem mais elástico. Jogando em casa, no estádio São Januário, com um público de mais de 55 mil pagantes, a seleção brasileira de futebol goleou a paraguaia por 7 a 0, levando a torcida local ao delírio. Para completar a festa, o centro avante brasileiro, Ademir, pertencente ao Vasco da Gama, terminou a competição como artilheiro isolado, com nove gols marcados em sete partidas.

quinta-feira, 6 de março de 2014

#Copa50: Introdução

Com a proximidade da Copa do Mundo de 2014 que será realizada no Brasil, o SEM IMPEDIMENTO! abre um espaço especial para o evento denominado #Copa50. Baseado na edição de 1950 do campeonato mundial, o blog fará uma viagem no tempo e mostrará os principais erros cometidos naquela ocasião quem devem ser evitados para que não tenhamos o mesmo destino: derrota em casa para o Uruguai, no último jogo, diante de mais de 200 mil torcedores. O episódio ficou conhecido como ‘Maracanazo’, expressão de origem castelhana criado pelos uruguaios para ilustrar o feito heróico.

Para começar, vejamos uma pequena introdução sobre a origem do futebol:

As primeiras manifestações daquele que hoje é o esporte mais popular do mundo surgem entre 3.000 e 2.500 a.C., e nos levam à China. Durante a dinastia do imperador chinês Huang-Ti, era de costume chutar crânios de inimigos derrotados, mirando acertá-lo entre duas estacadas fincadas ao chão. Algum tempo depois, países como Japão, Grécia, França e Itália começaram a praticar atividades que também possuíam certa similaridade com o futebol atual.

Porém, como sabemos, a fama de inventores do esporte pertence aos ingleses. A primeira datação que se tem sobre modalidade é de 1.175, com o livro Descriptio Nobilissimae Civitatis Londinae, de William Fitztephen, onde diz que habitantes das cidades inglesas de Chester e Kingston saíram às ruas chutando bolas de couro para comemorar a expulsão de dinamarqueses de seus territórios. A bola, no caso, simbolizava a cabeça dos invasores inimigos. A prática se tornou comum no povoado até ser proibida no século XVI, por causa da violência do então chamado mass football, ou futebol de massa.

Com a proibição, o jogo foi obrigado a se reciclar e passou a ser utilizado em escolas como atividade física entre os jovens. O principal problema passou a ser a uniformização das regras, pois em cada instituição era praticado de uma forma. Foi então que em dezembro 1863, representantes de 11 colégios e universidades, se reuniram e criaram as regras básicas que são utilizadas até os dias atuais. O futebol, assim como o conhecemos hoje, estava definitivamente inventado.

No Brasil, a versão oficial é de que o esporte chegou em 1895, através de Charles Miler, descendente de ingleses que, após passar uma temporada estudando no país de seus ancestrais, trouxe na bagagem de volta duas bolas e um pequeno livro de regras. Miler mostrou a novidade para os operários da Companhia de Gás e da Estrada de Ferro São Paulo Railway e organizou uma partida entre ambos, com um time representando cada companhia. Assim sendo, o São Paulo Railway Team foi o primeiro vencedor de um jogo de futebol realizado no Brasil.

Desde então, o esporte se popularizou de tal forma que já faz parte do dia a dia brasileiro. Mesmo quem não aprecia, não consegue escapar de sua onipresença. Mais do que isso. Criou-se um ‘estilo brasileiro’ de praticar o esporte inglês, colocando em campo características culturais de nosso povo. A capacidade de improvisação e a malandragem, por exemplo, podem ser vistas nos dribles fáceis, deixando adversários para trás. E a parceria entre futebol e Brasil deu certo, tendo em vista que somos o único país cinco vezes campeão mundial e nação do maior jogador que o mundo já viu, Pelé.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Novo Raúl?


Quem acompanhou o futebol internacional nesses últimos meses certamente ouviu falar no nome de Jesé Rodríguez. O garoto de 20 anos subiu para o time principal no início da temporada e já é a grande sensação do Real Madrid. O  atacando tem conseguido se destacar mesmo com a forte concorrência dos badalados Cristiano Ronaldo, Bale e Benzema. A rápida ascensão do jovem lembra bastante a de Raúl, um dos maiores ídolos do Real.

Raúl Gonzales Blanco vestiu a camisa merengue por 16 anos e também foi revelado pelas categorias de base da equipe. O ex camisa 7 é o maior artilheiro da história do clube, com 380 gols em 861 partidas. Campeão em três edições, Raúl também é recordista na Uefa Champions League, onde balançou as redes em 71 ocasiões.

Em sua primeira temporada pelo time principal, Raúl Madrid, como ficou conhecido pela torcida, foi a campo em 30 oportunidades e colocou a bola no fundo das redes por 10 vezes. Jesé, até o momento, tem 26 partidas, marcou 8 gols e deu passe para outros 6.

Critiano Ronaldo parabenizando
Jesé após o garoto marcar um gol
Além de artilheiro, o garoto mostra ter estrela e já deixou sua marca contra os principais times do Campeonato Espanhol. Barcelona, Atlético de Madrid, Valência, Sevilla, Atlhethic Bilbao e Villarreal são algumas das equipes que já tiveram seus goleiros vazados pelo atacante.

A grande campanha de Jesé às vésperas da Copa do Mundo faz com que o jovem passe a ser especulado para defender a Espanha na competição que ocorrerá este ano, aqui no Brasil. O treinador da seleção, Vicente Del Bosque, afirmou que vem observando o jogador e confessou que o atacante tem grandes chances de ser convocado.

O sucesso de Jesé se deve a mudança de postura da diretoria madrilenha. Nos últimos anos, o Real se destacou por comprar jogadores já consagrados por valores exorbitantes ao invés de apostar nas categorias de base. Mesmo tendo revelado nomes como Juan Mata, Soldado e Negredo, que hoje brilham por outros times, os mandatários preferiam liberar suas futuras promessas para fazer caixa e conseguirem dinheiro.

No entanto, o panorama atual é outro. A exemplo de Jesé, o zagueiro Nacho, o volante Casemiro e o atacante Morata também vieram do Real Madrid Castilla, clube secundário do Real que disputa a segunda divisão espanhola. Além deles, o presidente Florentino Pérez também investiu em jovem talentos espanhóis que se destacavam por equipes menores. É o caso de Isco, Illarramendi e Carvajal. Esse último, aliás, é cria do Castilla e estava cedido ao Bayer Leverkunsen-ALE. A diretoria o trouxe de volta em situação semelhante ao que fez no passado com o goleiro Diego López e com o lateral direito Arbeloa.

Se as expectativas em cima se Jesé se concretizarem, estamos prestes a ver o surgimento de uma nova estrela do futebol mundial. Só nos resta  acompanharmos as atuações do garoto e torcermos para que ele vingue e abrilhante os gramados mundo a fora com seu talento. Olho nele!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O imperador voltou. E seu sorriso também.

Depois de quase dois anos parado, o atacante Adriano voltou a entrar a disputar uma partida profissional. O novo camisa 30 do Atlético Paranaense entrou no final do jogo contra o The Strongest, pela Libertadores e, mesmo mal tendo pego na bola nos dez minutos em que esteve em campo, fez a torcida gritar seu nome como se tivesse marcado um gol.

Quando os ponteiros marcavam 40 minutos do segundo tempo, quem adentrava as quatro linhas não era o Imperador - apelido que ganhou na época em que defendia a Inter de Milão-ITA onde era ídolo e tido como um dos centroavantes mais temidos do mundo. Era Adriano Leite Ribeiro, de 31 anos, nascido e criado na Vila Cruzeiro, favela do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ser humano que comete erros como qualquer um. Mas, assim a maioria dos brasileiros, correu atrás de seu sonho de voltar a jogar futebol e conseguiu atingir seu objetivo.

Grande destaque da Seleção Brasileira na Copa América de 2004 e na Copa das Confederações em 2005, Adriano foi o artilheiro e o melhor jogador em ambas as competições. Na Copa do Mundo de 2006, formou o chamado "quadrado mágico", ao lado de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. No entanto, a precoce eliminação da competição, nas quartas-de-final contra a França, fez com que o atacante perdesse o prestígio que tinha com a torcida.

O fracasso dentro de campo e o recente falecimento de seu fizerem com que o atleta se afundasse nas drogas. Viciado em álcool, foi encostado em seu clube até ser emprestado ao São Paulo-SP, no início de 2008. Depois de seis meses, retornou à Itália e chegou a ter uma sequência maior de jogos. Porém, em abril do ano seguinte, o jogador passou a não comparecer aos treinamentos e anunciou sua primeira retirada dos gramados.

A aposentadoria durou apenas um mês e em maio de 2009, Adriano foi apresentado no Flamendo-RJ clube em que começou sua carreira e é torcedor confesso. Pelo time carioca, o atacante foi campeão brasileiro e artilheiro do campeonato nacional, com 19 gols. O bom momento fez com que o Imperador fosse convocado novamente para a Seleção Brasileira para disputar alguns amistosos. No entanto, pouco tempo após se transferir para o Roma-ITA, acabou ficando de fora da Copa do Mundo de 2010.

Adriano não marcou um gol sequer pela equipe italiana e, um ano depois, estava disposto a voltar ao Brasil. Com a negação de seu time de coração,  assinou com o Corinthians. Antes mesmo de entrar em campo, enquanto ainda treinava para readquirir sua melhor forma física, acabou se machucando e ficou inativo por praticamente seis meses.

Sua última partida pela equipe paulista foi em 4 de março de 2012. De lá para cá, Adriano sofreu com novas contusões e pensou em parar definitivamente. Foi quando apareceu o Atlético Paranaense em sua vida. O clube abriu as portas para que o atacante treinasse e mantivesse sua forma, sem nenhum tipo de vínculo contratual. Apenas depois de muitos meses de dedicação e apresentar grande melhora física foi que o time resolver assinar um contrato.

Visivelmente mais magro e com um largo sorriso no rosto, Adriano fez sua estreia pelo rubro negro na última quinta-feira (13) e, no que depender de sua entrevista após o jogo, esse foi apenas o primeiro passo. Tanto do cidadão quanto do jogador.

É impossível prever se Adriano irá vingar no Atlético-PR e voltar a render como antes. Mas, muito mais do que uma volta aos campos, é a volta por cima que realmente importa. O povo brasileiro está de braços abertos e comemora o retorno de seu imperador que errou, se esforçou, e venceu.Não apenas nos gramados, mas na vida.